sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Som da rua ♪♪


SOM DA RUA
Som da rua,
Se eu continuar?
Não é que eu não queira fazer,
Eu só não consigo.
Nessas muitas trocas eu sempre perdi.
Nessas muitas trocas nunca vivi.
Desabei, cai, quase morri.
Foi uma lástima.
Tudo ficou desconsertado.
Eu me adiantei, e acabei atrasado.
As consequências já pesaram em mim.
Não posso continuar essa música ridícula,
Prefiro o som da rua.
Prefiro viver sem culpa.
Sempre fica melhor quando eu organizo.
Já me convenci que a felicidade não está em um sorriso.
Está em ouvir o som da rua, e continuar.
Errar é inevitável,
Acertar é uma surpresa.
Viajei muito.
Saí muito.
Nada encontrei que me fizesse diferente.
Foram tantas trocas,
Não me arrependo delas,
Mas doeram.
De ouvidos tapados não pude escutar
O som da rua.
Fiquei metrificado.
Tiraram-me a espontaneidade.
Não irei continuar.

Continue


OUTRO PASSO
Onde há incredulidade não há milagre.
Se não existir esperança, não há mudança.
Só há consolo onde existir choro.
Quão difícil é crer sem ver, sem sentir.
Mas, se acredito logo sinto e de alguma forma vejo,
Mesmo com dificuldades consigo seguir
Um caminho que não foi traçado por mim.
A cada dia, meus olhos se fecham
As lágrimas escuressem o prosseguir
Torna-se impossível,
Só que, com toda fé, consigo dar um passo
E outro,
E mais outro,
Até voltar ao meu destino,
E sonhar com meu futuro,
Por mais ferido que eu esteja,
Por mais cansado que eu esteja,
Espero por alguém que cuidará de mim,
Que me amará, e que me ama imensuravelmente.
Que me fará uma pessoa melhor,
E me envolve de compaixão,
Para que continue nessa caminhada não só eu,
Mas muitos,
Muitos ainda virão.
Muitos ainda verão.
Muitos ainda chorarão e continuarão
A dar um passo
E outro,
E mais outro.

Fill the beat!


ATRASO E SOM
~ Linha fina, frouxa, cheia
De grossos, apertados
Corações amaranhados,
Expressivos e atrasados
Para a aventura de sentir o som do movimento do amor.

Garanto que não é bonito...


FEIO
Escultura torta.
Feio.
Sem nada para fazer.
Ócio.
Os olhos começam a se render.
Sono.
Não sei o que fazer ante uma nova situação.
Aflição.
A voz fica trêmula.
Medo.
E tudo fica feio.

Agrados Fonéticos


AGRADOS FONÉTICOS
E screver é um dos meus refúgios.
Quando minha mente racionaliza,  penso. Escrevo.
Quando meu coração sensibiliza, sinto. Escrevo.
Cada palavra compõe a história.
Cada letra compõe uma sinfonia de agrados fonéticos
Que entra pelos ouvidos e olhos.
Sobe à mente.
Desce ao coração.
Não há como evitar.
Quando transborda a emoção,
Intervem a razão,
E eu escrevo.

Tudo começa por algum lugar...


INÍCIO
Tudo começa com uma folha em branco,
Uma fonte de inspiração, ou não.
Palavras carregadas de emoção.
Nem sempre é bonito de se ver, bom de ler, essencial de sentir.
Mas, que fazer? Eu produzi!
É sempre assim, de repente.
Algo de novo aparece.
Até sem perceber, eu consigo escrever.